domingo, 27 de março de 2011

Eu não gosto de abandono, por isso acolho. Por isso recolho e não costuro sorriso porque chorar é preciso. Porque não importa se o desenho é feio. Ou se a ferida é doída. Ou o dedo do meio foi pra mim. Eu contorno e de um jeito ou de outro, sempre tenho uma cor pra mudar a história. E na vida, a gente aprende que quanto mais a nuvem pesa e se enche de cinza, mais forte vem a chuva. Ou o choro. Sorte é ter um coração cheio de pancadas, metido em tempestades e sujeito a trovoadas. Esses sim são corações maduros de forte. Não de vez. Tenho um coração de todas as cores. Que amanhece azul e adormece vermelho ou bege ou rosa ou verde ou roxo ou...qualquer cor serve, porque quanto mais cor no coração, aprenda: MAIS COR-AGEM na vida.
Vanessa Leonardi

quarta-feira, 23 de março de 2011


De preferência, que cada dor da gente não fira ninguém até poder se transformar em algum jeito de dádiva, porque grande parte delas se transforma. Que mesmo doendo, aqui e ali, a gente possa ter também valentia suficiente para não abrir mão da nossa capacidade de amar e nem da nossa sincera alegria diante da preciosidade charmosa e abundante da vida. Com tudo o que ela diz e, jardim permeado de sementes, ainda pode fazer florir.

Viver é rico demais, mas, não é raro, a gente esquece o acesso à própria fortuna. As nuvens, mesmo as mais densas, são transitórias. Nós, essencialmente, somos sol.

sexta-feira, 18 de março de 2011

A vida não é justa. Mas também aprendi que é possível seguir em frente, não importa quanto pareça impossível. Com o tempo, a dor… diminui. Pode ser que não desapareça completamente, mas depois de um tempo não é massacrante.

Querido John

”Há tanta coisa que quero dizer para você, mas não tenho certeza por onde devo começar. Devo começar dizendo que te amo?"
Querido John

quinta-feira, 17 de março de 2011


E devo dizer ainda que gostaria de vê-lo feliz, apesar de tudo o que me fez sofrer nos últimos tempos.

Quando enfim penso que estou me acostumando, que estou te esquecendo, você ressurge de forma inesperada ocupando todos os espaços.

Mas de todos esses amigos e amores, não há ninguém que se compare a você.
Beatles

quarta-feira, 16 de março de 2011


Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto: ‘tá certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?’.

terça-feira, 15 de março de 2011


Eu juro que da próxima vez que nos vermos eu já estarei ótima e morta de paixão, mas não será por você novamente, eu juro.

domingo, 13 de março de 2011


Mas seus olhos não mentem o cansaço da espera e a tristeza de estar solta, e você fica feia. É ter a sensação de que ninguém te olha, pelo menos não como você gostaria de ser olhada. Estar sozinha é estar solta e, no entanto, é estar amarrada ao chão porque nada te faz flutuar, sonhar, divagar. Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um. E você torce para que aconteça com a sua melhor amiga, ou com aquele homem que você gostaria de experimentar como uma pílula para a sua solidão. Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido. E o sentido dela dói demais. Estar sozinho é ter uma risada nervosa, de quem segura um grito e um choro enquanto ri. Um riso falso para se convencer de que é possível ficar sozinho sem ficar deprimido […] É conferir a caixa de e-mails com uma freqüência que beira a compulsão. É chorar do nada. É acordar do nada.

sexta-feira, 11 de março de 2011


E me dá uma saudade irracional de você. Uma vontade de chegar perto, de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros, quem sabe só olhar estrelas… Dizer que te considero - pode ser por mais um mês, por mais um ano, ou quem sabe por uma vida - e que hoje, só por hoje ou a partir de hoje (de ontem, de sempre e de nunca), é sincero…


Eu constantemente sinto saudade das coisas que perco, mas não as quero de volta. Já doeu uma vez.
Caio F. Abreu

3 objetos sobre a mesa do professor: uma borracha, um liquidpaper e um relógio.

- Qual desses objetos vocês usariam para apagar um amor se isso fosse possível?

Todos respondem de imediato : ” A borracha! ”, exceto a mocinha da esquerda, a pequena que nunca era notada durante as aulas.

E então o professor pergunta :

- Helena, o que você acha?

E a menina sem precisar pensar muito diz:

- Parem e pensem. Vocês se acham tão espertos, para onde canalizam a inteligência quando o assunto é amor?

Todos olham com ar indiferente para a pequenina.

- Amor é um sentimento de dedicação absoluta de um ser ao outro. Como se pode apagar um sentimento? Não pode. Sabe quando você erra uma conta de matemática e apaga rapidamente? Você acha que sua borracha é boa o suficiente pra deixar a folha em branco novamente, mas nunca é. Sempre fica algum resquício do erro. Amor não é um erro pra ser apagado. Com o liquidpaper funciona da mesma forma, sempre haverá um jeito de notar que você errou, e mesmo que amor às vezes deixe cicatrizes, ainda assim não é um erro.

E então o professor, a essa altura já curioso, pergunta:

- E quanto ao relógio, o que você diz sobre ele?

- O relógio é a resposta certa. A pergunta foi : ”Qual desses objetos vocês usariam para apagar um amor se isso fosse possível?”. Muito bem, se for amor não se apaga, nunca! Não é possível apagar um sentimento quando este é verdadeiramente puro. A única saída viável é atenuar o amor e o único que pode fazer isso sem deixar lembranças ruins é o tempo. O tempo leva o ódio, leva a mágoa, leva a dor. Limpa seu coração, deixa-o no ponto até que você o dê passe livre para ser preenchido novamente. Borracha e liquidpaper sempre fazem lembrar do ruim, do erro , do resto. Ninguém precisa de restos para amar.

quarta-feira, 2 de março de 2011


E a gente vai por aí... se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.

terça-feira, 1 de março de 2011


Mude. Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.[...] Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as!